Iva da Silva



Natural de Tainhas, São Francisco de Paula - RS, filha de Idolino Zanancieli da Silva e de Arcília Manique da Silva. Professora, poeta e Pesquisadora. Oito livros publicados. Participação em mais de cem Antologias.

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Um Livro

Um livro fechado é uma flor
Que poderá desabrochar.
Um livro aberto é um amigo
Em quem se pode confiar.

Um livro é uma encruzilhada,
É início de um novo caminho.
Um livro é um companheiro,
Que nunca nos deixa sozinho.

Um livro é um tesouro,
É uma chave, é um grito de alerta,
É um ponto de referência,
É uma porta sempre aberta.

Iva da Silva

Só Para Você

Nas páginas do pensamento
Encontrei o seu nome escrito,
Li e guardei-o comigo,
Porque o achei bem bonito.

Em uma encruzilhada da vida
Defrontei-me com alguém,
O nome coincidiu
E era bonito também.

A história do nosso encontro
Só para você escrevi,
Desculpe estar incompleta,
Os detalhes eu esqueci.

Iva da Silva

Quantas Palavras

Onde está?
Como está?
Por que não veio?
Quando virá?
Onde?
como?
Por quê?
Quando?
Quatro palavras,
Quatro perguntas,
Cada uma com seu peso.
Quanto pesam,
As quatro juntas?

Iva da Silva

É a Vida

A vida que levamos.
A vida que nos leva.
É a vida que nos faz viver,
É a vida que nos faz pensar.
A vida salta pelos olhos,
A vida se expande pela voz.
A vida nos faz andar,
Nós andamos pela vida,
Nós andamos com a vida.
É a vida que nos conduz
Pelos caminhos da vida.

Iva da Silva

Mãos

Mãos que atendem o corpo
Para lavar, para vestir...
Mãos que fazem gestos
Para reforçar a comunicação.
Mãos que transmitem carinhos
No ato de cumprimentar.
Mãos que se abrem
Na hora de doar.
Mãos que se fecham
Quando não sabem amar.
Mãos que se distanciam
Na hora de trabalhar.
Mãos que se aproximam
Para postas rezar.

Iva da Silva

A poesia que não sei

A poesia que eu não sei escrever,
É essa com palavras sofisticadas,
Fala uma coisa, se entende outra,
A mensagem, nem sempre, é decifrada.
A poesia que eu não sei escrever,
Tem pouca rima, geralmente,
Versos e estrofes se sucedem,
Mas não encaixam devidamente.
A poesia que eu não sei escrever,
É difícil, a mim, explicar,
Porque com palavras requintadas,
Eu não aprendi a trabalhar.
A poesia que eu não sei escrever,
Quem me lê, entende o que eu digo,
Porque os versos, que comumente faço,
Se parecem muito comigo.
A poesia que eu não sei escrever,
Explicar, é tempo jogado fora,
Pois é aquela, leitor amigo,
Que eu não escrevi, até agora.

Iva da Silva