Estar em teus braços leves por instantes breves é como dançar "Contos dos Bosques de Viena" - valsar e valsar na leveza de teus passos - e em uníssono agregar à vida mais um sonho no brilho da nossa estrela.
Não sei o que quero não sei o que queres e falamos demais e falamos de menos ou nada falamos deixamos as rédeas de nossas ânsias, castradas pelo tempo e distância de mãos, falarem sem a teia das palavras na rede da energia na polaridade do alumbramento de tuas águas
não te vislumbro amanhã sinto teu corpo sobre o meu hoje apenas...
Enquanto a cidade dorme rememoro enxovalhados pensamentos olho o asfalto e as luzes, mas não vejo nada - tudo que vejo é nada - um coletivo duas ou três pessoas um cachorro, idas e voltas
Nuvens em janeiro? - não! Névoas em janeiro? - sim! E nos mecânicos sonhos dos novos, o cosmo se renova, é verão e o sol aquece, clareia, só não dilui a escuridão do coração, não esvanece a dor não faz nascer o amor o amor só sente a nostalgia do paraíso - in illo tempore - e o desejo cru de reintegrar-se à criação já não podendo...Ser!